terça-feira, 27 de setembro de 2011

Chá da Nette!!!!!


Oi gente!!!!!!!!! Sabado agora é o cha de lingerie da Nette, nossa companheira de caminhada....é....ela vai casar!!!!!!!!! O sonho da vida do Mogaison vai se realizar!!!!!!!!!! Então, vcs nao tem nenhuma desculpa pra não ir, por favor, nenhuma mesma!!!!!! Ela merece nossa presença, vai ser la casa da Cintia. Deus abençoe a todas!!!!!!! BJUUUUUUUUUU

domingo, 18 de setembro de 2011

Confiança!









“[Seus] passos… são ordenados pelo Senhor...” – Salmo 37:23

O que fazer quando as portas que você pensou terem sido abertas por Deus se fecham estrondosamente? Você para e pensa: Senhor, eu fiz todas as coisas certas. Por que isto está acontecendo? Fique em paz, Deus ainda está dirigindo seus passos. Quando suas esperanças parecem ter sido esmagadas e seus planos alterados, confie na sabedoria superior Dele e no Seu amor infalível. Deus já planejou a sua vida do princípio ao fim, então confie Nele para fazer com que as coisas cooperem para o seu bem (Isaías 46:10-11). Se você esperar um pouquinho mais, sua dor se transformará em louvor assim que você entender uma coisa: Ele apenas fechou uma porta menor para abrir uma maior. O tempo certo é muito importante! À medida que você começar a entender o tempo de Deus, poderá cooperar melhor com Ele. Quando você não souber o que fazer, aprenda a esperar com confiança naquele que sabe. O problema da maioria de nós é que tentamos assumir a direção no nosso relacionamento com Deus e isso não funciona. Esse papel pertence a Deus, e Ele não vai dá-lo a nós! Ele dá as instruções e nós devemos seguir, mesmo quando não gostamos ou não entendemos o caminho pelo qual Ele nos guia. Você pergunta: “Por que Deus demora tanto para agir?” Porque as perguntas não respondidas geram confiança. Quando você não sabe, precisa confiar naquele que sabe, e isso mantém sua fé em crescimento. Deus tem um plano e um tempo definidos, e enquanto está preparando você, Ele o mantém na Sua sala de espera. Se você está na sala de espera de Deus hoje, lembre: é somente quando você atinge novos níveis de maturidade que Deus libera novos níveis de bênçãos em sua vida.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A mulher de Ló!!!!!


A mulher de ló olhou pra trás e viu Sodoma
Olhou pra trás e viu gomorra | olhou pra trás e ficou pra trás
A mulher de ló olhou pra trás e viu as chamas
Olhou pra trás e viu a lama | olhou pra trás e ficou pra trás

Quem provou do amor de Deus e da unção do seu espírito
E bebeu água da vida | e saciou a sua sede de eternidade
não poderá olhar pra trás jamais, jamais
Quem foi salvo como eu, que estava morto no pecado
Inimigo do Senhor, destituído da beleza e da glória
Não poderá olhar pra trás jamais, jamais

Passo a passo, dia a dia e a nova vida pra recomeçar
Se Deus tirou você de lá, não vale a pena nem olhar pra trás porque...


Tema da ministração de hj no nosso Pg!!!!!!!!!!! Até daqui a pouco!!!! Bju.........................
Quem provou 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O espelho de Gandhi...

O caminho para a felicidade não é reto.
Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS,
existem semáforos chamados AMIGOS,
luzes de cautela chamadas FAMÍLIA,
e tudo se consegue se tens: um estepe chamado DECISÃO,
um motor poderoso chamado AMOR,
um bom seguro chamado Fé,
combustível abundante chamado PACIÊNCIA,
                       mas acima de tudo um motorista habilidoso chamado DEUS!

 2.3.jpg
Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu:
A Política, sem princípios;
o Prazer, sem compromisso;
a Riqueza, sem trabalho;
a Sabedoria, sem caráter;
os negócios, sem moral;
a Ciência, sem humanidade;
a Oração, sem caridade
.

A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis​​, se eu sou amável,
que as pessoas são tristes, se estou triste,
que todos me querem, se eu os quero,
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo,
que o mundo está feliz, se eu estou feliz,
que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta.
A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim.
 
"Quem quer ser amado, ame"

Qual a maior guerra dos cristãos?



Contra quem vc guerreia diariamente? Reflita nisso...Sexta tem Pg!!!!

Dica de leitura


O Livro de Jó, um dos mais antigos livro da Bíblia, fala de um patriarca, de um homem temente a Deus, seguidor dos Seus caminhos, bom pai, próspero e alvo de uma aposta entre Deus e Satan.
Jó se torna um miserável, sem bens, famílias e saúde. Surgem então seus amigos que olhando o antes e depois da sua vida querem encontrar justificativas pra tal situação experimentada agora pelo pobre Jó.
A análise feita por seus amigos é a que circula nos meios eclesiásticos sobretudo evangélicos: a idéia de causa e efeito!
A tendência em achar que as misérias da vida são frutos do pecado praticado e que as bençãos vividas são frutos de uma vida em conformidade com o script cristão: Ah como se esquecem que o sol nasce para justos e injustos.
Caio Fábio nos leva a um caminho superior ao perverso caminho da interpretação dos amigos de Jó e nos transporta para o Caminho da Graça, o caminho proposto, ensinado e vivido por Jesus de Nazaré.

Quem desejar fazer o download do livro, segue o link abaixo. 

http://www.4shared.com/get/E5idJj4u/O_Enigma_da_Graa_-_Caio_Fbio.html


Cris Carlos
Ps.: Comecei a ler e estou muito encantada!!!!!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011


                                                                   



                                                            NO LIMITE

Admiro quem tem uma vida tranqüila e serena, sem grandes sobressaltos e tudo muito bem organizado. Parece que Deus agraciou algumas pessoas, cercando-as de facilidades e levando-as a lugares plácidos.
Outros, como eu, estão sempre no limite. Limite das forças, do equilíbrio, da fé e da esperança. Assim como o salmista, repetidas vezes já pressenti que “quase me resvalaram os pés” (Sl 73.2).
Felizmente estou em boa companhia. Acredito que há pessoas cuja caminhada de fé nunca será nas planícies, mas nas escarpas montanhosas, onde o ar é rarefeito, a subida é cansativa, e a fé é levada ao seu extremo. Apesar dos percalços do caminho, a visão dali é belíssima, e só quem se arrisca a subir pode apreciá-la.
Paulo, o apóstolo, viveu sua vida nos limites. No limite da fraqueza, com “lutas por fora, temores por dentro”; no limite da condição humana por conta das prisões, açoites, naufrágios, perigos, frio e nudez; no limite do desprezo, sendo considerado como lixo e “escória do mundo”.
O profeta Jeremias também experenciou os píncaros da tristeza (depressão?) a ponto de maldizer a Deus por não tê-lo matado ainda no ventre materno (Jr 20.17). Oséias viveu no limite da dignidade de um profeta quando Javé lhe pediu para casar com uma prostituta do povo (Os 1.2) e o profeta Ezequiel no extremo do equilíbrio emocional: a ele Deus até proibiu de chorar a morte da esposa amada, “delícia de seus olhos” (Ez 24.16).
As grandes obras de artistas, pintores e compositores sempre foram obtidas “no limite”. Quem já teve o prazer de ver “A noite estrelada” de Van Gogh não consegue imaginar que ao pintar um de seus mais belos quadros, com ciprestes retorcidos e estrelas em turbilhão, ele retratava ali um pouco de sua loucura, que estava no auge. Handel, já quase cego, compôs o “Aleluia” depois de se trancar no quarto por 24 dias, sem sair e com pouca comida, até sua obra terminar. Foi no limite de uma surdez que nasceu a mais famosa sinfonia de Beethoven. Os mais belos poemas só nascem na alma dos poetas que experimentaram as dores mais profundas. As notas mais altas e belas do violino são tiradas de cordas esticadas “ao extremo”.
Quem vive no limite tem poucos momentos prazerosos para desfrutar. Mas quando tem é capaz de aproveita-los e ser infinitamente agradecido a Deus, muito mais que aqueles que a todo momento se regalam, pois aprendeu a reconhecer a Graça divina.
Quem vive no limite quase nunca tem tempo sobrando, e justamente por isso é chamado por Deus para realizar outras obras. Ao Senhor sempre apreciou chamar os atarefados.
Os personagens bíblicos que viveram no limite do pecado conheceram mais fortemente a Graça do perdão, e sentiram mais intimamente o Amor do Pai. Vejo mais santidade no filho pródigo que viveu no limite do desejo que seu irmão sempre pesarosamente contido; vejo mais amor na mulher de má fama que se derramou diante de Cristo que os convidados à mesa, cheios de justiça própria.
O grande desafio de quem vive “no limite” é a dificuldade de vislumbrar a presença do Senhor ao seu lado. Esta presença nunca é suficientemente clara, dada a tensão em que vive. Entretanto, justamente por não viver pela sensação, mas pela fé, ele sabe que Deus está ali.
Compadeço-me tremendamente dos que estão no limite da sanidade, quase a atravessar um caminho muito difícil de voltar. Já perderam os amigos, os amores dos que antes os amavam, perderam a capacidade de controlar os pensamentos, e mergulharam num mundo desconexo e aterrador.
Diferentemente dos que têm uma vida bem estruturada, gozam de saúde, e possuem recursos deste mundo, quem vive no limite precisa desesperadamente de Deus todos os dias, para suportar a dor, para não cair, para não pecar e não deixar-se morrer. Não creio que haverá uma intervenção divina para mudar esse padrão de ser, pois Deus os escolheu para testemunharem a Cristo na condição de “coisas loucas deste mundo”.
Num meio evangélico obcecado por bênçãos, essas pessoas imaginam que não possuem testemunhos a compartilhar. Na verdade, se elas forem à frente da igreja darão o maior de todos os testemunhos: de como Deus os tem sustentado a cada dia. Esses testemunhos fariam um contraponto aos “meninos na fé” que se vangloriam de possuírem brinquedinhos novos que ganharam de Deus.
Dedico esse texto a todos os que estão nos limites de suas forças e da paciência, e que se seguram num tênue fio de fé; dedico a todos que amaram e foram ignorados, nos que trabalham e não são reconhecidos, dos que vivem seu dramas – mas não fazem deles uma tragédia, nem ficam cobrando de Deus facilidades, nem livramentos milagrosos, mas tão somente, tão somente, que Ele lhe conceda forças para acabar o dia e repousar o corpo cansado sobre a cama. A estes, o meu respeito e o meu reconhecimento de que estou diante de quem compreendeu o verdadeiro Evangelho de Cristo.

Texto do Pr. Daniel Rocha 

NEM TUDO VAI DAR CERTO
(BEM-VINDO À FÉ)

meninaSeu mundo caiu, a doença chegou, a oração não vingou, a esperança falhou? Mas você ergueu a cabeça, enxugou as lágrimas e agradeceu a Deus pela vida?   Bem-vindo à fé.
Acabaram-se as certezas, não há garantias, e os amigos sumiram?  E mesmo assim você sorri à criança que passa, e de repente se pega cantando? Então, você adentrou ao círculo da fé.
A família lhe questiona: “O teu Deus, onde está?”, e quando você ora, costuma pedir: “Senhor, ajuda-me na minha falta de fé”?   Então saiba que você foi admitido a um restrito grupo de pessoas espalhadas pelo mundo afora, que nos últimos dois mil anos se uniram em torno de uma cruz.   
Que fique claro: não se trata de “fé na fé”, e nem de “fé em si mesmo”, como tentam nos passar os livros de auto-ajuda, mas fé no Deus da vida que é Senhor sobre todas as coisas.
Esqueça aquela visão do “venha para Jesus e dê adeus aos seus problemas”. Não dê ouvidos se lhe disserem que agora é só vitória, alegria e ausência de dificuldades. Jesus nunca prometeu que elas acabariam, mas pediu que tão somente crêssemos Nele.
Confesso que é bastante tentador viver a fé no modo condicionante, à maneira de Jacó:
“Se Deus for comigo, e me guardar na jornada... e me der pão para comer.... e me der roupa para vestir... e eu volte em paz para casa, então o Senhor será o meu Deus” (Gn 28.20-22).
Ou seja, Jacó apresentou um “pacote” a Deus: pediu a Sua presença, proteção, roupas, provisão, e sucesso na empreitada.... e caso recebesse, então, o Senhor seria o seu Deus. É a fé que coloca Deus contra a parede. 
Mesmo com todas as promessa divinas estampadas claramente nas páginas das Sagradas Escrituras a todo aquele que crê,  também somos como “Jacós” modernos, e fazemos lá nossas propostas para arrancar algo de Deus, numa clara demonstração que ainda não compreendemos muita coisa do seu amor.
Os pregadores da prosperidade vivem barganhando com Deus. E multidões indo atrás. Não se impressione com aqueles testemunhos de gente que tirou a “sorte grande” com Deus.  Pra cada um que vai lá falar, há milhares que estão virando as costas ao Eterno por Ele não ter “cumprido” sua parte. Mas isso jamais será mostrado.
Tudo vai dar certo? Não, nem tudo vai dar certo! Coisas ruins podem acontecer a pessoas boas.  Habitamos um mundo decaído, onde a morte, as doenças, e a injustiça podem resvalar em nós.
O profeta Habacuque nos leva para uma trilha dos que já entenderam melhor o amor de Deus. É a fé dos que não precisam de provas constantes da fidelidade divina, é a fé dos que perderam, mas na derrota ganharam,  é a fé dos que nada tem, mas vivem como se tivessem tudo, e  se aquietam  mesmo diante do mais absoluto silêncio dos céus.  Amar ao Eterno também é compreender a Sua ausência e os seus “nãos” para  a nossa vida.
Esses são os que foram “apedrejados, provados, afligidos, maltratados” (Hb 11.37) e que não obtiveram a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a eles (Hb 11.39-40). Sim, é isso: aos nossos olhos, fracassaram, perderam. Aos olhos da fé, venceram.
A palavra-chave na vida desses cavaleiros da fé não é “se”, mas “ainda que”:
Ainda que a figueira não floresça,
Ainda que não haja fruto na videira;
Ainda que os campos não produzam mantimento....
Todavia, eu me alegro no Senhor.
Normalmente ficamos nos perguntando o porquê de certos acontecimentos, se é ação do Mal ou mera contingência da vida.... mas como explicar alguma coisa se a própria bíblia diz que “há justo que perecerá na sua justiça, e há perverso que prolongará os seus dias na perversidade” (Ec 6.15)?
Não se sustenta a idéia de que os filhos de Deus só receberão "coisas boas" na vida. Quando Paulo diz que “todas coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”,  esse “bem” não significa necessariamente vida confortável, riqueza ou saúde, mas um “bem” que não está restrito à nossa limitada e finita visão material... Charles Spurgeon sofreu de gota e artrite a maior parte de sua vida, Calvino de uma dor de cabeça crônica, John Wesley não teve propriamente um casamento feliz, e Lutero lutava diariamente contra a depressão. Isso apenas para ficarmos em alguns homens de fé do passado.
Por isso, quando você orar, não espere que somente as coisas exteriores sejam passiveis de mudança. Possivelmente a resposta de Deus já foi dada, onde não foi mudado “lá fora”, mas “dentro” de você.
No mundo sempre haverá aqueles como Jacó que crerão em Deus somente se forem “abençoados” Há os como Habacuque que não se importarão e dirão sob quaisquer circunstâncias: “ainda que”. Estes aprenderam a viver contente em qualquer circunstância.
Viver pela fé é  reconhecer que o Eterno de alguma forma estará por perto quando os dias maus chegarem.... e eles vão chegar. É saber que mesmo andando no deserto, às vezes Deus coloca um oásis para nós, para renovar nossas forças e nos alegrar. E nada neste mundo, nem morte, dor, doenças, solidão, incompreensão, poderá nos separar do amor de Cristo.
Deus é sensível aos mais leve movimento do coração em sua direção. Faça isso agora. Ele se agrada dos que esperam por Ele. 
 
Pr. Daniel RochaPastor da Igreja Metodista e psicólogo
dadaro@uol.com.br

Decoração sustentável

Bom dia meninas!!!!! Não sei se vocês sabem , mas eu amor decoração, e quando eu tenho a oportunidade de decorar de uma forma que nao vai pesar no meu bolso então....vai ae uma dica, sobre decoração barata, criativa e muito sustentável, mas tem q ter um pouco de coragem pra ir no supermercado mais prox da sua casa e pedir pro moço, algumas caixas...hihihihihih. Beijo e que o Senhor as abençoe!!!!


Crisca



 Ps.: Diga se não dá vontade de namorar nesse sofazim num dia de chuva.....aiaiaiai

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

CICATRIZES


“Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas* de Jesus” (Gl 6.17)

Quase todos nós carregamos marcas pelo corpo. Muitas são cicatrizes vindas da infância. É possível até contar um pouco de nossa história através delas: a queda da bicicleta, a queimadura no fogão, o corte com a faca, o encontro com o arame farpado.... Alguns mais antigos trazem os sinais que a varíola deixou quando ainda não havia vacina.
Marcas podem ser chamadas de “estigmas” (do gr. Stigmata*), como Paulo o fez em Gálatas 6.17, que eram as cicatrizes provocadas por tortura, apedrejamento ou ferro em brasa para marcar escravos e animais.
É interessante que a literatura sempre se valeu de personagens que foram estigmatizados pelo que traziam no corpo: o corcunda de Notre Dame, de Vitor Hugo, era um homem de feições deformadas, membros retorcidos, porém sensível às manifestações da beleza, e o “Fantasma da Ópera” conta a história de um homem desfigurado que exercia medo e fascínio.
Assim como as queimaduras e os cortes deixam seus sinais pelo corpo, é certo que a alma também possui a propriedade de receber marcas, mas ao contrário do corpo, que com o passar do tempo se regenera, muita dor causada na infância ainda permanece viva. São sentimentos que se perpetuam e os anos parecem não atenuar. É como se aquelas cicatrizes quisessem ser notadas para dizerem: “olhem o que fizeram comigo”.
Se a cicatriz só marcou o corpo, tempos depois somos capazes de rir, pois a dor ficou perdida no passado, mas se ela atingiu a alma, qualquer lembrança do fato faz despertar todo o desespero que causou. E o que é pior: por conta da associação simbólica, aquele que feriu adquire novos rostos, e isso faz com que se continue lutando contra pessoas que não foram exatamente aquelas que causaram a dor.
Conseqüência: muitas oportunidades são perdidas com medo de reviver a dor de um fracasso passado. Outros fecham o seu coração para um relacionamento afetivo para não correr o risco de serem abandonados novamente.
Por que reagimos assim? É o sentimento de vergonha ou humilhação que não quer ser repetido. É como se a alma tivesse feito um juramento: “nunca mais farão isso comigo outra vez”. Quase dá pra ouvir Judas justificando seu apego ao dinheiro para se proteger das privações que passou na infância, ou a prostituta que vende seu corpo para evitar a dor de estar sozinha. As feridas tornam-se então uma espécie de escudo para justificar gestos e escolhas.
O que fazer com marcas tão indeléveis? Dê de ombros, viva a vida que Deus lhe concedeu olhando para a frente, e esqueça-as. Mas não precisa negá-las, apenas saiba que elas estão ali. Faz parte de sua história, é verdade, mas não lhes conceda o direito de direcioná-lo pelo resto de seus dias – são péssimas conselheiras. Lembro-me quando criança minha mãe dizendo: “Não mexa na ferida para não infeccionar”. Felizmente, hoje, estou em paz com elas.
Cicatrizes apontam para lutas, e algumas delas levam a marca divina. Foi um pusilânime (covarde)  Jacó, indolente (preguiçoso) e “protegido da mamãe” que teve no vau de Jaboque um embate que mudou sua história. Depois de uma madrugada de luta deixou aquele riacho com um novo nome, mas como ninguém sai incólume de um encontro com Deus, ele também foi embora para casa manquejando duma coxa (Gn 32.31), uma marca que possivelmente levou para o resto da vida.
Não sei em quais áreas de sua vida há cicatrizes, mas Deus conhece cada pedaço do seu ser e O sabe. Quasímodo, o corcunda sineiro da Catedral de Notre Dame isolava-se para não expor suas deformações. Uma máscara sobre o rosto desfigurado foi a forma utilizada pelo “fantasma” da ópera para esconder sua “fealdade”. Esconder-se e viver defensivamente parecem ser características comuns de quem se sente ferido. Mas em Cristo, somos libertados desses sentimentos, e podemos dizer como o apóstolo:
“Pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15.10). Com cicatriz e tudo.

Texto de DANIEL ROCHA -  PASTOR E PSICÓLOGO DA IG. METODISTA EM ITABERABA

terça-feira, 6 de setembro de 2011


MUDANÇAS

Ana Jácomo

Quando nos dedicamos, com o coração, à busca do autoconhecimento, é inevitável que chegue um instante em que algumas mentiras que contávamos para nós mesmos passem a não funcionar mais. Os disfarces até então utilizados para fortalecer o nosso autoengano já não nos servem. Inábeis com a paisagem aos poucos revelada, às vezes ainda tentamos nos apegar a alguma coisa que possa encobrir a nossa lucidez, embaraçados que costumamos ser com as novidades, por mais libertadoras que sejam. É em vão. Impossível devolver a linha ao novelo depois que a consciência já teceu novos caminhos. Existem portas que se desmancham após serem atravessadas, como sonhos que se dissolvem ao acordarmos. Não há como retornar ao lugar onde a nossa vida dormia antes de cruzá-las. Da estreiteza à expansão. Da semente à flor. Do casulo às asas, nos ensinam as borboletas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


                     PÁSSAROS LIVRES NA PRISÃO DO AMOR!
                  Caio Fábio



Aqui em casa, onde moro, em Brasília, há um belo jardim nos fundos; como no fundo são praticamente todos os jardins residenciais no Distrito Federal. Quando minha família e eu mudamos para esta casa, aqui não havia nada além de duas corujas no telhado e pássaros que passavam de leve, bem rapidamente, a fim de beberem água ou se molharem na piscina. Então, pensei que se houvesse mais água, e boa comida, eles viriam pra cá. Passei a molhar sempre. E também a jogar sementes de gira-sol e alpiste. Hoje, alguns meses depois de ter começado, é impossível se chegar ao jardim e não ver dezenas de pássaros, dos tipos mais diversos do serrado; todos comendo e se molhando no sprinkler que coloquei espirrando água o dia todo.
Vieram e ficaram. Mas ficarão apenas enquanto eu os tratar bem. Pois se não mantiver a qualidade de nossa relação, eles se irão daqui.
Assim é criar pássaros livres: Só ficam se a liberdade for equivalente àquela que o Pai que está nos céus deu a eles. Além disso, também só ficam se com a água e com as sementes também vierem amor e carinho; visto que mesmo que pusesse coisas para eles comerem, mas se não os amasse, eles daqui se iriam também.
Ora, se pássaros sentem assim, que não dizer de cônjuges, filhos e outros que vivem à nossa volta? Sim, caso tivessem a liberdade dos passarinhos ficariam conosco? Se tivessem asas, nos visitariam? Recebem de nós aquilo que os faz ficar, ou ficam apenas por que não sabem voar?
Não basta alimentar, nem pagar os estudos, nem dar o que eles aparentemente precisam se, junto com tudo, não houver amor!
Até passarinhos sentem a diferença. Como esperar que os que vivem conosco não sintam?
Ou supomos que eles sentem menos que pássaros? Ou julgamos que por que não têm asas, ficarão? Ou nos iludimos com a idéia de que se ainda estão fisicamente conosco é por que gostam? Ou será que não vemos como viajam longe de nós em suas mentes, nas asas da imaginação?
Esposas engaioladas, filhos no viveiro, maridos presos pela insegurança? É assim a vida? É esse o sentido de se estar junto, em família? Sim, com água e pão, mas sem afeto?
Ora, até pássaros sabem fazer a diferença. E é por esta razão que meu cuidado por eles se renova dia a dia, pois, caso assim não seja, eles haverão de sair voando, e amanhã já não estarem mais aqui. Aliás, talvez nunca mais voltassem enquanto eu aqui estivesse. Como pássaros passariam voando por sobre minha cabeça, mas aqui não mais pousariam em tranqüilidade e prazer. Afinal, até pássaros sabem quando com a semente vem amor, e quando vem apenas semente. Pássaros gostam de semente, mas não se a eles se mente!
Pássaros comem semente (na maior parte das vezes). Plantas comem luz. E homens comem amor! Entretanto, até pássaros e plantas comem melhor com amor. Que não dizer então de você? Sim, de nós?! O que comemos? O que alimenta a nossa vida?! Temos nos alimentado de quê? Ou ainda comemos onde e com quem comemos apenas por que ainda não tivemos forças ou alternativas? Sim, apenas por que não sabemos voar?
Assim, aqui, falo com dois tipos de pessoas: a que serve e a que é servida. Aquela que serve, que sirva com amor. E quem recebe, receba o que for amor. Pois, dar sem querer, faz mal; assim como receber sem desejar faz mal também.
O importante sempre é perguntar: Se ela ou ele soubessem voar ou quando souberem, ainda estariam ou estarão aqui?
Pense e responda para você mesmo! A resposta pode criar um jardim ou um deserto; ou, quem sabe, salvar o seu disfarçado deserto da condição de deserto, para uma existência de vida e paz.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


                                                           CORRENTES

«Você já observou um elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir. Que mistério! Por que o elefante não foge? Ele não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. Até que um dia, cansado de tentativas fracassadas, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo. Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode, pois jamais voltou a colocar à prova sua força. Acomodou-se!
Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas «que não podemos ter», «que não podemos ser», «que não vamos conseguir», simplesmente porque uma certa vez fracassamos e «a corrente da estaca» ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade, aceitando a desculpa «o destino quis assim».
E se, uma ou outra vez, sentimos a presença das correntes, temos a tendência a reafirmar o estigm: «não posso», «nunca poderei», «é muito difícil para mim!» E mais uma vez, deixamos passar a oportunidade de realizarmos os sonhos. 
Portanto a única maneira de conseguir o que se quer é tentar de novo, não tendo medo de enfrentar as barreiras, colocando muita coragem e sem receio de arrebentar as ilusórias correntes! É preciso conhecer a nossa força de vontade e as «ilusões» que precisamos destruir.
..............
"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará "
                                                                                                João 8:32
       

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Senhor, 
Agradeço-te pelo telhado da graça sobre a minha cabeça,
Construído com o lenho e os pregos do Calvário.

(Max Luccado)

Seguindo nas reflexões sobre família postarei uma carta de uma mãe para o Pastor Caio Fábio e a resposta dele que com certeza edificará  as nossas vidas.

CARTA

O AMOR NÃO É EMOÇÃO

Pastor Caio,

Deus tem te usado poderosamente para falar ao meu coração! Através de seu site eu tenho tido a oportunidade de me conhecer melhor e, principalmente, tem lançado luz sobre minha fé e minhas convicções, de quem eu sou no mundo e em Deus. 
 Mas há questões que me afligem e que eu gostaria muito que o Sr. me ajudassem a entende-las...
 Tenho 21 anos e um filhinho de 2 anos e meio, e é sobre ele que eu queria falar.  
Pr., eu não consigo ser a mãe que eu gostaria. Tenho lido o seu site em busca  de respostas, mas eu não tenho achado; por isso que eu resolvi te escrever, em busca de alguma orientação. 
Por conta da gravidez, eu acabei me casando com o pai dele, por pressão da igreja e pelo fato de não querer morar mais  com nenhum de meus pais.
 A separação de meus pais foi muito traumática, pois aconteceu em meio à violência e traição, e cada um deles querendo reconstruir a sua própria vida, mas sem saber o que fazer com os filhos que acabaram sobrando.
 Eu vivia em uma situação difícil, pois não sabia se ficava na casa de um pai autoritário, ou se ficava indesejada na casa de minha mãe, pelo fato de ela não se sentir a vontade com seu namorado, comigo morando com ela.
 Isso me machucava muito pr., pois, sempre procurei ser uma boa filha e nunca dei preocupação por meus pais; mesmo assim eu nunca consegui me sentir amada suficiente por eles, principalmente pela minha mãe, que nunca conseguiu demonstrar seus sentimentos pelos filhos, sempre se mostrando mais preocupada com seu trabalho, seus relacionamentos, sua beleza, enfim...  
Sempre tivemos que ser muito independentes, pois, sabíamos que não podíamos contar nem com ela nem com meu pai, que também era muito distante...  
Mas eu entendi que eles são assim em virtude da criação que tiveram. Penso que eles aprenderam assim de seus pais, e não romperam com isso, e acabaram passando para seus filhos a mesma criação. 
Eu hoje me separei do pai dele, em uma decisão consciente e movida por fé, muito tranqüila por sinal, e não tenho mais problemas com meu ex-marido; e seu site me ajudou muito em relação a isso, pois, eu somente estava casada por conta da lei, em um casamento onde não havia amor, nem afeto; e onde eu me sentia presa; mas, graças a Deus, eu conheci o poder libertador da Graça de Deus.
 Pr., o problema é que eu não consigo ser uma boa mãe para o meu filho.  
Eu me acho muito displicente, não acho que dou o carinho e atenção suficiente para ele.  
Ele hoje está passando uns dias com o pai em outra cidade, mas eu não consigo sentir saudades genuínas dele. E quando ele está comigo eu vejo que tenho tratado ele como minha mãe nos tratou. Com descaso, com displicência, sem muito afeto. Enfim...eu não consigo sentir aquele AMOR por meu filho que eu vejo em outras mães, nem aquela saudade... Eu tenho medo de estar transferindo a mesma criação para ele; e isso me machuca muito, pois eu não quero que ele sofra o mesmo que eu e meus irmãos sofremos...
 Meu atual marido, fala que eu me cobro demais, que é normal que eu me sinta assim, em virtude das condições em que eu o tive, e da criação que eu tive... Tudo bem... E o que eu faço pra mudar isso?
 Eu não quero que meu filho seja uma pessoa carente, com baixa-estima e solitária, como eu me tornei... Quero que ele tenha uma educação e não uma "criação"! 
Meu pai sugeriu que eu o deixasse ser criado pelos avós paternos, que são muito carinhosos e amorosos com ele... Mas eu sou mãe! Eu que o carreguei no ventre, e que quase morri no seu parto! Não quero "dar" ele para outros criarem... 
E ele é uma criança maravilhosa, carinhosa e que não me dá trabalho algum, mas sinto como se não retribuísse o amor dele por mim...
 Ajude-me, Pr.
 Estou muito angustiada com isso... Quero que meu filho se torne um adulto saudável e confiante e sei que essa responsabilidade é muito minha...mas não sei o que fazer!

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RESPOSTA:
 Minha filha: Graça e Paz! 
É claro que o modo como fomos criados e educados, ou até condicionados pelos pais, tem importância enorme em nossa formação, e, até mesmo, nas nossas expressões afetivas na vida.
 Entretanto, o poder de tais coisas começa a diminuir e mesmo a mudar, podendo sumir de nós, quando iniciamos o processo de tomada de consciência da situação que nos forjou, e, no seu caso, que condicionou seus afetos ou modo de expressa-los. 
Filho são os amores mais naturais de nossas vidas.  
E mais: quem não ama ao filho, dificilmente amará mais alguém de modo visceral. 
Paulo diz que a mulher é salva pela sua missão de mãe; sendo que “salvo”, em tal contexto, quer dizer “sarada”, feita sadia. Ou seja: a maternidade é a melhor garantia de saúde em amor para a alma de uma mulher.
 Você não tem que se tornar refém de sua mãe na falta de alegria e de emoção na maternidade.
 O amor por filhos sempre vem carregado de carinho e ternura. Mas, muitas vezes, tem-se que ama-los sem emoção, pois, amor não é emoção.
 Ora, já que você não sente emoções diante da maternidade, então, assuma a maternidade com aquele amor que ama porque o amor é cuidado, carinho, proteção e atenção solidária. 
Creio que você deve tentar tudo para vencer isso. Pois, caso não tente, você pode ficar inviabilizada como mãe. Ou, então, você se tornará aquelas mães que somente amam os filhos que tiveram dos homens que amam ou amaram, o que é trágico. 
Porém, se dentro de um tempo nada mudar, sugiro então que você faça o que seu pai sugeriu, e, entregue seu filho para ser criado com amor e cuidado pelos avós.
 E mais:
 Quando a gente não tem para dar, é melhor entregar para quem tem, conforme a sabedoria de Salomão ensina. 
No caso das duas mães e Salomão [lembra, não é?] — a sabedoria indicou a mãe pelo simples fato de que a verdadeira maturidade não pensa que o filho é dela, mas sim da vida, e da melhor vida que a ele se puder dar.
 Foi a “mãe prostituta” aquela que disse “se não é meu não é de mais ninguém”. Ora, foi por isto que Salomão soube que ela não era a mãe, e mesmo que fosse a mãe natural, não o seria a mãe psicológica da criança, pois, pensava apenas na cria, e não na criança. 
Não fique buscando sentir amor. Amores sentidos são amores fugazes.  
Não é o sentimento que faz o amor, mas sim o amor que faz os sentimentos.
Ame seu filho. O que você sentir é bônus.  
Comece assim... Bem devagar. Sem angustias pela falta de emoção. E vá fazendo... Vá agindo... Vá se dando... Então, creia, as coisas vão crescer em você. 
Todavia... 
Penso que se você casou já duas vezes em três anos, estando seu filho com pouco mais de dois anos, é sinal de que, à semelhança de sua mãe, você está muito preocupada com sua vida afetiva a fim de poder ter alma para ser mãe.
 E mais:
 Penso que sendo você tão menina e novinha, o ter um novo marido, e que não é o pai de seu filhinho, é em si um complicador muito grande, pois, é simples entender que ninguém consegue organizar interiormente tantas coisas em tão pouco tempo. 
Tome cuidado para você não se tornar a sua mãe, só que apenas consciente de si mesma, e, assim, mais angustiada... 
Hoje sua prioridade é seu filho. O atual casamento tem que aprender o caminho secundário, até que você esteja apta para ambas as coisas: a maternidade e a conjugalidade. 
Enquanto isto, filhinha amada, exercite-se na maternidade, como Paulo recomenda escrevendo a Timóteo e a Tito. Leia ambas as cartas do apóstolo.
 Repetindo: 
Exercite-se na maternidade sendo mãe.
 Os sentimentos virão quando vierem. Até lá seja o que você sabe o que é e como deve ser.  
Afinal, quem sofreu tanto a ausência e a falta de interesse e afeto da mãe, sabe o que não quer para o próprio filho em razão do que rejeitou para si mesma. 
Receba todo meu carinho. 
 Nele, que nos ama sempre,

Caio